MARTA E O BURACO NA CALÇADA
Marta, faxineira de não recusar trabalho, afinal, eram duas meninas e um menino para criar. O pai, ajudante de carga e descarga de caminhões em trânsito pela cidade, não era todo dia que trazia um dinheirinho suficiente para manter acesa a chama do fogão a lenha. Todo dia saía cedo de casa, correria, vestir uniforme nos três, café para quatro, sem deixar pingar na blusa do uniforme, deixar todos na escola, aí sim; ir trabalhar. Caminhando rápido pela rua da praça, sem entender como, o chão sumiu! A calçada cedeu! Marta no buraco; só os ombros para cima, de fora do buraco. Dois observadores da natureza enfumaçada, olhavam a viagem diferente da ¨tia¨ em frente seus olhos. As pessoas que vinham atrás, do outro lado da rua, rapidamente se aproximaram para fazer ¨selfies¨; o fotógrafo do jornal da cidade que por acaso passava ali, viu na sua frente a chance de uma foto com condições de ¨ espinafrar¨ o prefeito, o bi