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Mostrando postagens de maio, 2023
                                     Evilásio e o telefonema diário               A mudança de casa estava alterando a rotina de Evilásio; as sextas feira já não eram detentoras daqueles espetáculos etílicos das madrugadas em casa. Apesar da largura do portão da garagem ter facilitado a entrada em casa, a sala era muito ampla para aquele rodopio que sempre terminava no sofá! Com a de hoje, estava sendo a segunda vez que acordava no tapete da sala, sem sua almofada preferida por baixo da cabeça e, com Vulcão ao seu lado, com a cratera virada para ele.               Cachorro era o xodó da filha mais nova, batizado de Vulcão pela quantidade de gases que expelia, a magma, ele deixava jorrar no jardim da frente, os gases de preferência quando encontrava Evilásio no tapete da sala, território dele sendo invadido; tinha direito a se defender.               Evilásio começou a enxergar que tudo estava correndo muito solto em sua casa; segundo a esposa Nerliz, as filhas nunca estavam erradas e a
                                                 Evilásio e a Cia. de Águas               Evilásio tinha sempre que estar correto com suas obrigações; a água era uma preocupação presente em seus pensamentos, afinal, quando comprou do cunhado os dois terrenos juntos para construir sua casa, sonho da esposa Nerliz, água no terreno durante a construção era uma ligação direta que o cunhado tinha feito.               Existia um horário para água chegar, só na parte da manhã. Evilásio já alertado pelo cunhado, aumentou o número de caixas d'água para não ter surpresas. A piscina, pelo visto demoraria uns três dias para encher e, ele não estava pagando nada por essa água; tudo na ligação direta do cunhado.               Conversa com a esposa, quer acertar a situação, ela concorda, faz requerimento à Cia de Águas da cidade, nada de resposta, tenta novamente, nada, já começa a dar razão ao cunhado, logo ele, Evilásio, tão correto com suas obrigações, tendo problemas somente as sextas feira,
                                                    Evilásio e o frango ao molho pardo          Evilásio, casado com Nerliz, esposa, mãe, defensora das filhas com unhas e dentes, cozinheira de dar água na boca dos vizinhos com os aromas de seus pratos, os pratos então!!!          Nerliz passava uns momentos de raiva e decepção com Evilásio, principalmente as sextas feira. Era certo que entre uma cervejinha, um aperitivo, um tira gosto com os amigos, só aparecia na manhã de sábado. Era aí que os vizinhos escutavam a voz de Nerliz, as broncas e safanões em Evilásio, que para ele não tinham efeito nenhum; estava sabendo de nada! só queria chegar no sofá para dormir o sono dos bêbados incompreendidos; driblar a marcação cerrada de Nerliz era mais difícil que atravessar quadra de basquete da NBA com a bola nas mãos! marcação cerrada, braços abertos, ombradas, empurrões, com um desses, deu sorte; rodopiou no centro da sala, tombou para a esquerda, caiu bem no sofá; só o trabalho de posiciona
                                           CHICO PASSA RÉGUA               Chico, pedreiro de colher inteira, conforme diziam quando o pedreiro era bom de serviço, resolveu fazer mais uma de suas ideias tomar forma real;    Condomínio Chico Passa Régua.               Casa do pai construída em uma invasão da antiga linha férrea que passara pela cidade há mais de trinta anos, não corria o risco de ser retomada; foi aí que Chico aos fins de semana começou sua obra. Primeiro uma casa para a irmã que a cada ano aparecia com uma criança nova; já eram cinco!               Sala, sete quartos, vai que aparece mais um! banheiro no corredor, no quarto da irmã, suíte principal no tom debochado de Chico, mais dois banheiros no final do corredor , para evitar brigas e correrias no futuro.               Tijolo aqui, massa prá cá, de segundo a sexta Chico trabalhava na empresa, feriado e fim de semana no seu condomínio. Depois da casa da irmã, a do irmão; bem no alto do terreno, com frente para a cida