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Mostrando postagens de setembro, 2023

A ESPOSA, O AMANTE, O MARIDO E, O ADULTÉRIO.

                         Franinho, Frânio era o nome de batismo; o pai tivera a ideia de colocar um nome fácil, mas, que não fosse igual ao de ninguém; então ; Frânio, carinhosamente chamado por todos de Franinho. Sempre bem vestido, sorriso discreto, conversa sempre fácil sobre qualquer assunto, atencioso, solteiro. Solteiro, por convicção; várias tentativas de casar Franinho, fracassaram. Casar não era parte de seus projetos de vida; gostava da solteirice, como dizia aos amigos.                    Franinho tinha um gosto peculiar pelo sexo oposto; adorava as casadas! estava sempre de olho, principalmente naquelas que corria uma ou outra fofoca sobre estar mal com o marido; era a senha para aproximação de Franinho.                    Pai e mãe de Franinho não entendiam muito os horários e costumes do filho; tinha dias que saía de casa todo arrumadinho, perfumado, na parte da manhã, chegava atrasado no escritório, outros, sumia na parte da tarde, só aparecia na hora de encerrar o exped

Amadeo e a família

                          Amadeo estava se sentindo nos últimos dias como estafeta e banco particular da família. Quando saía para o trabalho, sempre alguém fazia alguma encomenda para quando voltasse e, ainda perguntavam se conseguiria trazer na hora em  que viesse almoçar, pois para o final do dia atrasaria os planos. Cada dia os assuntos gerais da família mais se escasseavam, já os boletos dos cartões de crédito dos filhos, da esposa, eram sempre deixados sobre a mesa ao lado dos documentos de Amadeo; assim não tinha como dizer que esqueceu. Nem pediam, por educação para que ele pagasse, só deixavam lá e, ele que se virasse. Precisava sair por algum motivo extra, a filha já tinha se apropriado do carro dele; ia pedir emprestado o da esposa Mafalda mas, o filho também tinha saído com o carro dela. Ele que se contentasse em ir passeando a pé, chamasse um taxi ou, ficasse em casa! A insatisfação estava tomando conta dos dias de Amadeo; tinha que conseguir um meio de fazer uma revolução

Felisberto e felismina

                                     Felisberto e Felismina                                           Felisberto já estava perto dos cinquenta e tantos, trabalho não era seu forte. Tinha lá uns imóveis herdados do avô, faziam uma boa renda mensal; até se formou na faculdade, professor de história, nunca exerceu a profissão. Casado com Felismina, que tinha o Dom da reclamação ! reclamava até de ir receber dinheiro de um aluguel que Felisberto havia passado para o nome dela: afinal, assim ela teria um dinheiro para seus gastos, que por sinal eram nenhum.                         Aquela manhã Felisberto acordou, abriu os olhos, ficou ali olhando Felismina que fingia dormir, sempre com aquela camisola branca que, com o passar do tempo já era um tanto bege, até os pés, parecia uma rede de defesa. Sentindo-se olhada, já foi reclamando, perguntando pelo café, afinal, segundo ela  Felisberto era um inútil, não trabalhava, pelo menos o café da manhã tinha que fazer; o almoço, se não trouxesse ta

Aderval e o ciúme

                                 Aderval e o ciúme               Aderval, mais velho de três filhos de Ademar e Nair, irmão de Ederval e Iderval, dedicava todo seu tempo a crescer o patrimônio da família, que de nenhum passou a ser um pouco, com a ideia de Aderval colocar uma máquina industrial de costura em casa nos fundos para os irmãos trabalharem enquanto ele e o pai estavam em seus empregos, quando chegava, rendia os irmãos. Deixava tudo cortado para ser costurado no dia seguinte, aos domingos vendia as peças na feira da cidade. Essa atividade toda, começou a dar resultados; em poucos anos era uma confecção registrada, fregueses certos, loja na avenida e barraca na feira.               Aderval se lembrava dos tempos de menino, quando sua mãe gritava por um dos filhos, os três apareciam; eles nunca sabiam qual ela tinha chamado e, ela por sua vez, confundia os nomes então gritava só o final. Todas essas lembranças por ter sido intimado pelo pai a casar; o pai, um patrício amigo, ti