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Mostrando postagens de fevereiro, 2023
                                                         Oswaldinho.               Oswaldinho, neto de Oswaldão, influenciado pelo avô, só sabia falar de futebol; conhecia todos os jogadores, formação dos times, anos das conquistas, técnicos, de futebol era quase uma enciclopédia.               Formação de time em campo, cinco, três, dois, ou, um, dois, três, quatro, sabia todas, explicava como atacar, como defender, sempre com jogadas simples, infalíveis, era só seguir a teoria dele que nada de errado aconteceria na prática.               Quando alguém colocava em dúvida seus argumentos, rapidamente estendia um plástico transparente sobre a mesa de sinuca do bar, fazia as marcações do time com seus jogos de botões e, ali demonstrava que não tinha erro! Ele era a solução de todas as dúvidas.               Todo esse conhecimento só ali no bar da praça não estava certo; tinha que ser dividido com todos! daí foi convidado para comentarista dos jogos da cidade na rádio local. Microfone na
                                                        Juvêncio e os conselhos do Pai                                    Juvêncio nasceu filho de funcionários públicos, pai, mãe; tudo ali com horário, disciplina e, todos os blá, blá, blá, de época.               Vontade de Juvêncio não era estudar como os irmãos, bem que tentava mas, aventura estava em seus pensamentos; estudar história era um saco, geografia então? Aquele monte de nomes de rios, afluentes, picos, montanhas, um porre!!! não tinha como!! ele queria conhecer o Brasil, viajar cada cantinho, conhecer pessoas, como viviam, tudo  isso que achava fascinante. O pai nem pensar que ia financiar uma vida assim, a mãe, sempre achou Juvêncio meio sem juízo, então, não falava nada e Juvêncio ali, só maquinando como começar suas viagens.               Até que não foi tão difícil assim conseguir um emprego de vendedor para umas cidades ali em volta, ia e voltava no mesmo dia, comprou um carrinho de segunda mão, melhor, décima segunda
                                      Olívio                                                  Sentado na varanda de casa, olhando a Avenida de casas enfileiradas dos dois lados, todas com varanda, jardim, separadas uma das outras por arbustos baixos, um canteiro no meio separando a rua, entrada de um lado saída de outro e, a casa de Olívio fechando a Avenida de casas, de frente para toda Avenida, como se fosse uma casa grande de fazenda, Olívio pensava na vida, afinal, trinta e poucos anos, esses poucos só ele sabia quantos, funcionário público concursado, casa própria, paga, mais duas de aluguel ali na Avenida  mesmo, solteiro, um belo Ford 56 na garagem, sentia-se o rei da Avenida dos Jardins, também conhecida na vizinhança como Vila dos mal casados, afinal, sempre se escutava uma briga de casal em uma casa ou outra.                         Olívio, não passava por esse problema; solteiro, uma faxineira que cuidava da casa três vezes por semana, liberdade total, sem ter a quem dar exp
                                         Domenico                                                       Domenico morava com a irmã em uma invasão de terrenos de uma linha férrea desativada; tinha acabado de passar em um concurso para funcionário público municipal. As provas foram difíceis, só dez minutos para escrever de próprio punho nome, endereço, qual praça pretendia trabalhar, umas informações sobre onde já tinha trabalhado, ele conseguiu cumprir tudo no tempo determinado, assim que a campainha soou, o inspetor mandou parar tinha acabado de fazer a última voltinha do ¨a ¨ no nome da praça, escrevendo tudo sem erro.                                                           Dia seguinte, prova prática. Deram aos candidatos um cabo de vassoura, um pedaço de arame, tempo marcado para varrerem uma área repleta de folhas secas. Domenico não perdeu tempo; recolheu rápido uns galhos com folhas, amarrou no cabo com o arame, começando a varrer. Contratado! agora era funcionário público muni