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Mostrando postagens de março, 2023
                                                                Isso nunca me aconteceu.               Adroaldo olhou a manhã de abril pela janela do quarto, sentiu que era dia de passear com o carrinho novo que estava na garagem. Branquinho, cheirinho de couro, vestiu uma calça social, vê lá se ia sentar de jeans em uma novura daquelas!               La se foi Adroaldo, sobe uma rua, desce outra, resolveu passar em uma ponte da cidade, tinham alterado o trânsito, ia dar uma olhada, ver se para melhor ou pior, luz verde, acelerou e....bbrrrunnnnn!!!!!! um carro na contra mão de direção acertou o carro novinho de Adroaldo; misturou tinta, para lamas, farol, pedaço de frente, um frio na barriga, viu que ali era conversa para ¨mais de metro¨ como dizia um amigo, toda vez que tinha um problema para resolver.               Desceu um senhor apressado do outro carro, já foi pedindo para ir embora, depois acertavam tudo, estava muito atrasado, era um homem muito ocupado, não parava de falar e,
                                                         Paulo e o Buick                              Paulo trabalhava em um banco durante o dia e à noite, cursava faculdade de administração; era a única esperança de ser promovido no banco, quem sabe chegar a uma gerência!               Namorava Jurema, mais um ano seria professora; os dois juntos só no namoro na varanda, entre uns e outros - cuidado ! mamãe pode aparecer ! ou, - deixa eu respirar!!! faziam planos para uma vida a dois que com certeza, seria a mais!               Além de Jurema, Paulo tinha uma paixão louca pelo carro do vizinho. Hoje, parado no fundo da garagem, esquecido, com suas histórias escondidas pela poeira que o cobria. Quando garoto, Paulo, o filho do vizinho e, outras crianças ali da praça tinham passeado muito naquele Buick, ano 1948, conversível, super eight, Dynaflow; Paulo nem sabia o que era Dinaflow, mas, aquele escudo escrito na traseira do Buick, de um lado ¨super eight¨, de outro ¨Dynaflow¨, tornavam
                                                                  Emernilda               Dona Nilda estava prestes a ganhar o terceiro filho. Casada com Emersom, pai, marido e, tirano da casa, já tinha dois filhos; Emersom Filho e Emersom \Junior; o pai, sempre exigia seu nome no nome dos filhos. Dizia que o nome dos pais devia ser o orgulho dos filhos e, o próximo se chamaria Emersom Terceiro. Seria o primeiro e único Terceiro; caso viessem mais filhos, seriam Quarto, Quinto e, tantos outros.               O inesperado aconteceu! uma menina! Que nome colocar? nunca tinha aventado a possibilidade de uma filha! Como continuar a imortalidade dos Emersom? Registrou Emernilda! Como desculpa foi dizendo ser homenagem à mãe mas, o Emer vinha em primeiro.               Nilda, cansada, se lembrava dos tempos de menina na varanda de casa olhando os meninos, suas brincadeiras, o futebol na rua, sempre prestando atenção em Emersom, o mais forte, o mandão da rua, se bem que existia o Ilsinho, mai
                                                              Isolda               Isolda começava a ser preocupação para os pais; as primas estavam se casando, outras noivando e Isolda....nada! Conversando com a mãe, falava querer um marido com família tradicional, trabalhador, nada desses rapazes que ficam discutindo futebol nas esquinas, nos bares, no trabalho, em casa, queria um rapaz educado e com nome tradicional, família tradicional.               Tempo passando, Isolda sendo chamada de ¨tia ¨, pai e mãe na preocupação, ela então resolve cursar uma nova faculdade, já tinha diploma, pós graduação, queria outro curso agora; pai concordou na hora, pensou rápido; - vai que nessa tal faculdade consegue um noivo!!               Nesse vai da valsa aí, Isolda encontra Isaltino, menino estudioso, a timidez era tanta que passava por educado demais, mais jovem que ela uns anos nada que a impedisse de lembrar os tempos em que ele puxava carrinho de barbante pela praça e, ela já andava de bi
                                                                Cremilda a curiosa.               Lá estava Dona Cremilda, na área do apartamento estendendo a roupa lavada no varal; luta diária que por incrível que pareça ela não reclamava, tinha ali sua distração preferida; ver sem ser vista, as janelas dos apartamentos do prédio ao lado; ali, acompanhava a vida dos vizinhos.               Tinha a vizinha que passava o dia na cozinha, o que será que ela tanto cozinhava? o vizinho que lia jornal bebericando uma cerveja que tinha ao seu lado todos os dias; devia ser aposentado aquele barril de chopp! Outra, assistia missa na TV pela manhã e, o resto do dia via novelas, só se levantava na hora dos noticiários.               Naquela manhã, viu chegar móveis para um apartamento que fazia bom tempo estava sem morador. Vizinhança nova, tinha que prestar atenção!! eram novos assuntos que teria em casa.               Dia seguinte cedo, já foi Cremilda para sua área não só de serviço mas, també